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Governo revisa orçamento após adiamento do aumento do limite de coparticipação em saúde

Governo revisa orçamento após adiamento do aumento do limite de coparticipação em saúde

Recuo na reforma do sistema de reembolso médico gera impacto de 100 bilhões de ienes; reforma previdenciária também será discutida

O governo japonês adiou o aumento do limite de coparticipação no sistema de reembolso médico, anteriormente previsto para agosto, e anunciou que revisará o modelo atual até o outono. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba afirmou que a decisão busca garantir que a voz dos cidadãos seja ouvida antes de qualquer mudança significativa.

A decisão gerará um impacto financeiro extra de 100 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 3,3 bilhões), levando os partidos Liberal Democrata (PLD) e Komeito a revisar o orçamento já em debate no Senado. Ambas as legendas estão acelerando as negociações sobre o cronograma de votação.

Durante a convenção do PLD no dia 9, Ishiba destacou a importância da medida para restaurar a confiança pública: “Acredito que a única maneira de recuperar a confiança da população é ouvindo com atenção as pessoas mais vulneráveis.”

O adiamento do aumento no limite de coparticipação não é o único tema sensível no parlamento. O governo também discute um projeto de reforma previdenciária, que inclui a ampliação da cobertura do sistema de aposentadoria dos trabalhadores assalariados.

Dentro do próprio PLD, há divergências sobre a reforma:
– Alguns defendem que o projeto deve ser aprovado ainda nesta sessão do parlamento;
– Outros temem que o aumento de custos para empresas impacte negativamente as eleições para o Senado e defendem uma abordagem mais cautelosa.

A oposição, por sua vez, pressiona o governo. O líder do Partido Democrático Constitucional do Japão (PDCJ), Katsuya Noda, criticou a hesitação dos governistas: “Este é um projeto essencial que deve ser discutido. Se não for apresentado, o governo estará sendo irresponsável.”

No dia 10 de março, Ishiba participará de uma audiência no Comitê Orçamentário do Senado para debater as mudanças no orçamento, enquanto no mesmo dia, a Câmara dos Representantes retomará discussões sobre o financiamento político de empresas e sindicatos, com cada partido apresentando sua posição.

O debate sobre o orçamento e a reforma previdenciária promete se intensificar nas próximas semanas.