Governo e oposição fecham acordo para educação gratuita e redução de taxas

(Reprodução: Wikimedia Commons)

O governo e a oposição chegaram a um acordo histórico para a reformulação do orçamento do próximo ano, garantindo a ampliação da gratuidade no ensino médio e medidas para reduzir encargos sociais. O entendimento foi selado em uma reunião de cúpula entre o primeiro-ministro, líderes do Partido Liberal Democrata (PLD), do Komeito e do Nippon Ishin no Kai.

O principal ponto do acordo é a eliminação do limite de renda para o apoio financeiro a estudantes do ensino médio privado, aumentando o subsídio para até ¥457.000 por ano. A medida deve beneficiar milhares de famílias e reduzir desigualdades regionais, uma vez que algumas províncias já aplicam políticas similares. Além disso, está prevista a expansão dos auxílios para materiais didáticos e infraestrutura escolar.

Outro avanço importante é a criação de um grupo de trabalho entre os três partidos para discutir a redução dos encargos sociais. O plano inclui uma revisão do sistema de seguro-saúde e a implementação de reformas administrativas para garantir financiamento sustentável. Algumas mudanças já devem entrar em vigor em 2026.

O primeiro-ministro Ishiba destacou que o acordo demonstra a importância da cooperação entre governo e oposição para o bem-estar social. “Nosso compromisso é com a responsabilidade e a seriedade na implementação dessas políticas”, afirmou.

O líder do Komeito, Saito, ressaltou que a educação e a seguridade social sempre foram prioridades de seu partido e que esse acordo representa um avanço significativo. Já Yoshimura, do Nippon Ishin no Kai, enfatizou que, apesar de ser um partido de oposição, sua legenda busca resultados práticos para a sociedade e negou qualquer intenção de integrar formalmente a coalizão governista.

A tramitação do orçamento revisado deve ocorrer rapidamente, com aprovação esperada ainda neste semestre. Com a aliança improvável entre governo e oposição, o novo orçamento sinaliza uma mudança no cenário político e pode influenciar futuros debates sobre políticas públicas no Japão.